Já quando foi lançado era um dos mais sérios rivais da Tesla e a renovação que a marca lhe fez em 2024 tornou-o ainda mais automóvel. Apesar de se verem cada vez mais unidades na estrada, o Polestar 2 é um carro que merece mais.
Neste artigo
Um carro confiante
É um sentimento agradável.
Quando passamos num Polestar 2, há cabeças que se viram. O carro é elegante. Se um automóvel conseguisse ter mais personalidade do que engenheiros e designers lhe dão, notar-se-ia que se vê a si próprio como um automóvel bonito e confiável, e tem aquela confiança que as pessoas ganham quando assim se sentem.
A marca sueca sabia que o seu automóvel se destacava, pelo que o restiling de 2024 foi fundamentalmente interior. No exterior, perdeu, e bem, a grelha, e ganhou uma SmartZone, dotada de uma câmara e de um radar aquecido, que deteta outros utentes da estrada e situações potencialmente perigosas.
Mexer por dentro
Com a versão 2024, a marca sueca mexeu fundamentalmente no interior do Polestar 2. A versão Long Range single motor, que foi a que conduzimos, ganhou uma bateria de 82 kWh e um motor de 220 kW colocado na traseira.
O Polestar 2 single motor, é agora um automóvel de tração traseira, implicando uma certa habituação e trazendo-lhe uma boa saída das curvas.
E quando as portas se fecham…
Com a posição de condução facilmente ajustável, o Polestar 2 começa por ganhar pontos quando as portas se fecham.
A insonorização é um dos trunfos e só quando o carro começa a rolar em estradas menos boas é que deixa de se ouvir o silêncio quando conduzimos por estradas com muitas irregularidades.
O menos e o mais
Aliás, a suspensão é muito dura e verdadeiramente a única coisa que menos me agradou no Polestar 2. Isso e o facto de as câmaras de estacionamento por vezes lerem os traços pintados no piso como obstáculos.
Em sentido contrário – e já que estamos a falar de estacionamento – o Polestar acionou a luz vermelha e o travão sempre que, ao sair de um lugar em espinha, havia movimento na via. Muito útil. Com esta ajuda, acabou definitivamente o “sair do estacionamento de ouvido”, se é que me entendem.
Um automóvel para ir onde queremos
Com uma autonomia de até 659 km em ciclo WLTP, o Polestar 2 nunca se aproximou disso, até porque a própria marca aconselha que a bateria seja carregada a 90% e, em viagem, os 80% são aconselháveis por causa da curva de carregamento.
Mas quando digo que nunca se aproximou da autonomia que indica, foi também pelo tipo de condução que fizemos. Sem outras preocupações que os limites de velocidade e, nestes dias frescos, com a climatização sempre ligada.
Os primeiros 250 km deixaram-nos no destino com 28% de bateria. Foi aqui que perdi a eventual angústia da autonomia. O Polestar 2 levou-me onde quis e sem qualquer problema nos mais de 1.200 quilómetros que fizemos.
O conforto sueco do Polestar 2
No interior, os materiais provam ao tato e ao olhar o acerto da Polestar. O conforto sueco é discreto e de boa qualidade aparente e, nos dias frescos em que o testámos, soube bem o aquecimento dos bancos.
Os materiais são suaves e o ambiente – que podemos controlar – respira conforto. Respira aquele tipo de conforto sueco, que é suave, não se impõe, mas que nos envolve.
O ecrã central de 11,2 é de fácil utilização, encontrando-se tudo com rapidez, bom contraste e sensível ao toque. E tem outra vantagem. Não é comum termos de lhe tocar, ou sequer olhar para ele, não apenas por causa do assistente Google integrado, como também pelo ecrã atrás do volante, de 12,3 polegadas, que dá toda a informação necessária à condução.
Há espaço atrás
Não sendo dos mais espaçosos atrás, a experiência de passageiro no banco traseiro é bem melhor do que estava à espera. Espaço para os pés qb debaixo do banco traseiro e joelhos absolutamente à vontade são fundamentais para juntar ao amplo teto panorâmico que torna a viagem ainda mais bonita.
Espaçosa, mesmo, é a bagageira, que comporta 407 litros e abre e fecha com um movimento do pé, o que é bem útil quando temos as mãos ocupadas. A bagageira tem ainda um compartimento sob o piso que se abre e torna o espaço de arrumação mais prático para volumes mais pequenos. Os cabos podem ser colocados no espaço de bagagem que existe sob o capô à frente.
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Um carro que está no ponto
O Polestar 2 já tinha tudo para ser um automóvel de sucesso. Agora, com a versão 2024 a dar-lhe mais argumentos, e com a nova política comercial da Polestar, está no ponto para quem quer um carro estradista.
Ainda por cima, neste momento (março 2025), o Polestar 2 Long Range Single Motor está com uma campanha muito interessante. A marca sueca não apenas tirou 5.000 euros ao preço original, como ainda incluiu de série o Pack Pilot, com Pilot Assist e Emergency Stop Assist, e o Pack Plus, com Teto panorâmico, Luzes de nevoeiro LED dianteiras, Bancos WeaveTech com Black ash deco.
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A versão testada está, com esta campanha, a um preço de 52.400 euros.