O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou as estimativas do tráfego rodoviário em Portugal, chegando à conclusão que os veículos elétricos e híbridos representaram em 2024 já 6,7% do tráfego nas estradas nacionais.
Neste artigo:
100% elétricos lideram o grupo
De acordo com o INE, o peso dos veículos elétricos e híbridos no tráfego rodoviário cresceu 1,6 pontos percentuais relativamente a 2023. O número de 6,7% divulgado pelo INE é tanto mais significativo quanto há 10 anos, os elétricos e híbridos representavam apenas 0,3% do total.
Na sua estimativa anual, o instituto afirma que dentro do grupo dos elétricos e híbridos, os automóveis 100% elétricos passaram a ser os mais numerosos, representando 38,1% do grupo, enquanto os híbridos simples são 35,3%. Os híbridos plug in representam 26,6% do grupo dos automóveis elétricos e híbridos. Em 2015, 88,8% deste grupo era constituído por híbridos simples.
Diesel domina panorama
O aumento significativo da importância dos elétricos e híbridos no transito rodoviário português é uma boa notícia, num panorama em que os veículos a diesel representam ainda 71% do tráfego rodoviário. Mesmo assim, assiste-se a uma diminuição dos veículos em circulação com motores a gasóleo, uma vez que há 10 anos eram 74,2% do total do tráfego.
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Graças ao aumento do tráfego de veículos elétricos e híbridos, também os veículos com motor a gasolina, mesmo representando 20,8% do tráfego nas estradas nacionais, tem vindo a perder importância relativamente a 2015, quando representavam 24,6% do total.
Veículos 100% elétricos percorreram 2 mil milhões de km
Olhando para a variação anual divulgada pelo INE, verifica-se que o gasóleo foi o único tipo de combustível que perdeu importância. Os veículos com motores diesel tiveram uma variação negativa de -2,1% relativamente a 2023. Os veículos com motor a gasolina subiram 0,3% e os movidos a GPL 0,2%. Os elétricos e híbridos variaram 1,6%.
“O valor total de veículos-quilómetro (vkm) percorridos pelos veículos (ligeiros e pesados) a gasóleo foi o único a registar uma variação homóloga negativa em 2024 ao diminuir 1,8% para 56,6 mil milhões de vkm. Os veículos a gasolina registaram um aumento do tráfego (+2,4%) para 16,6 mil milhões de vkm enquanto os veículos a GPL movimentaram-se mais 17,1% e superaram os mil milhões de vkm: 1,048 milhões de vkm. O tráfego em veículos 100% elétricos é quase o dobro dos veículos a GPL (2,0 mil milhões; +40,6%), em híbridos plug-in atingiu 1,4 mil milhões de vkm (+34,8%) e em híbridos não plug-in foi 1,9 mil milhões de vkm (+23,1%)”, anuncia o INE.
INE: 79,7 mil milhões de quilómetros
Em 2024, “estima-se que tenham sido percorridos 79,7 mil milhões de veículos-quilómetro (vkm), pelo parque
nacional de veículos (+1,0% face a 2023; +10,2% face a 2015, primeiro ano da série disponível). Os veículos ligeiros de passageiros representaram 75,4% do tráfego total (+0,9 p.p.) e os veículos ligeiros de mercadorias 18,2% (-0,4 p.p.). Aos veículos a gasóleo (todas as tipologias) corresponderam 71,0% (-2,1 p.p.) do total de veículos-km, enquanto os veículos a gasolina representaram 20,8% (+0,3 p.p.) dos vkm”.
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Em 2024, foram percorridos 842,9 milhões de quilómetros nas autoestradas portuguesas, a imensa maioria (96%) por veículos ligeiros. A A1 foi a autoestrada mais concorrida, de acordo com os dados do INE.