CEO da Ford Jim Farley CEO da Ford Jim Farley

“É a coisa mais humilhante que já vi”: CEO da Ford sobre superioridade da China nos EV

O CEO da Ford, Jim Farley, fez declarações surpreendentemente francas sobre o avanço tecnológico da indústria automóvel chinesa, classificando os automóveis elétricos como sendo “muito superiores em tecnologia e qualidade” face à concorrência ocidental. “É a coisa mais humilhante que já vi”, afirmou.

Xiaomi SU7 pessoalmente escolhido por Jim Farley

Farley falava durante o Aspen Ideas Festival, onde lembrou que “70% dos carros elétricos do mundo são fabricados na China” e que a qualidade desses automóveis é superior.

Para ilustrar essa perceção de avanço, o CEO da Ford revelou que adquiriu um Xiaomi SU7 diretamente da China há cerca de seis meses, dizendo: “Comprei um Xiaomi SU7 que me trouxeram diretamente da China e não o trocaria por nada.” A escolha do sedan de performance da Xiaomi reflete a mudança de paradigma na indústria, com marcas tecnológicas chinesas como Xiaomi e Huawei a ganharem terreno rápido ao integrar as suas soluções digitais em veículos elétricos nativos.

Vida digital integrada no automóvel: o exemplo chinês

Farley, que falava no Aspen Ideas Festival, sublinhou ainda a diferença de abordagem entre o Ocidente e a China: “Toda a tua vida digital está refletida no carro: tens um assistente de IA com quem podes falar, os pagamentos automáticos estão todos integrados, podes comprar bilhetes de cinema, o carro reconhece quem está em cada banco e adapta o conteúdo aos gostos de cada um.”

CEO da Ford Jim Farley
Jim Farley no Aspen Ideas Festival @Youtube

Segundo o CEO da Ford, estes avanços são possíveis porque empresas como Apple e Google decidiram não entrar no negócio automóvel, abrindo espaço para as gigantes chinesas ocuparem esse território com rapidez e profundidade.

Um alerta sobre o futuro da indústria automóvel ocidental

Farley alertou que a competição global com a China vai muito além dos veículos elétricos. A seu ver, está em causa a sobrevivência de marcas tradicionais como a Ford.

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“Estamos numa competição global com a China, e se perdermos, não teremos futuro na Ford.” O apelo é claro: a indústria ocidental precisa reagir com urgência para não ficar irremediavelmente para trás na transformação elétrica e digital da mobilidade.

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