As construtoras automóveis Nissan e Mitsubishi suspenderam temporariamente várias operações no Japão na sequência de um sismo de magnitude 8,8 registado ao largo da península de Kamchatka, na Rússia, que levou as autoridades japonesas a emitir um alerta de tsunami para toda a costa do Pacífico.
Neste artigo:
Medidas preventivas
O terramoto, ocorrido esta manhã (0h25 em Portugal continental), provocou uma série de medidas preventivas por parte dos fabricantes sediados em áreas costeiras japonesas, nomeadamente evacuações em instalações industriais e interrupções em unidades fabris.
A Agência Meteorológica do Japão advertiu para a possibilidade de ondas até 3 metros de altura atingirem diversas regiões do país, desde Hokkaido, a norte, até Honshu, onde se localizam centros urbanos densamente povoados como Tóquio e Yokohama.
Nissan suspende fábricas e evacua sede em Yokohama
A Nissan, cuja sede global se encontra na zona portuária de Yokohama, evacuou os espaços de exposição ao público e suspendeu temporariamente as operações no complexo fabril de Oppama, assim como no centro de investigação adjacente. De acordo com um porta-voz da empresa, os colaboradores foram retirados de forma preventiva, à medida que a empresa ativava protocolos de segurança já testados em situações anteriores.
As fábricas de motores de Yokohama e Iwaki também foram encerradas provisoriamente. A unidade de Iwaki, situada na costa nordeste da prefeitura de Fukushima, foi uma das mais afetadas pelo devastador tsunami de 2011, tendo desde então reforçado infraestruturas contra desastres naturais.
Mitsubishi encerra unidade de produção em Mizushima
Por sua vez, a Mitsubishi Motors procedeu à evacuação da fábrica de montagem de Mizushima, localizada na costa oeste do Japão. Segundo fonte oficial da marca, a decisão foi tomada em coordenação com as autoridades locais, face ao risco de subida das águas nas zonas mais baixas da região.
O alerta sísmico e a possibilidade de tsunami provocaram disrupções em aeroportos e serviços ferroviários ao longo da costa japonesa. A sensibilidade das marcas automóveis face a este tipo de eventos tem sido particularmente elevada desde o sismo de 9,0 de março de 2011, que causou uma onda destrutiva e a crise nuclear em Fukushima, impactando gravemente a indústria automóvel durante meses.
Regresso à normalidade
Apesar da gravidade do alerta, os primeiros dados sobre o nível das águas apontaram para ondas iniciais com apenas 60 centímetros de altura, e não foram reportados danos materiais nas instalações da Nissan nem da Mitsubishi.
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A Nissan confirmou que o showroom principal em Yokohama reabriu ao público durante a tarde, onde o CEO Ivan Espinosa realizou uma conferência de imprensa previamente agendada para a apresentação dos resultados trimestrais.