A Tesla está a atravessar tempos difíceis a nível global, mas em Portugal estava a aguentar-se. Em abril o cenário mudou e a queda da Tesla foi de tal ordem que saiu do top das vendas de automóveis elétricos.
Neste artigo:
Tesla com quebra de 33%
Nem o novo Model Y ajudou a segurar as vendas da marca norte-americana em Portugal. A queda da Tesla é medida de uma forma muito crua: menos 33% de vendas em abril comparativamente com o mesmo mês do ano passado.
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A marca tem-nos habituado ao longo dos últimos meses a grandes oscilações no número de unidades matriculadas mensalmente em Portugal, mas os números da ACAP – Associação Automóvel de Portugal relativos a abril acompanham o cenário europeu.
Queda da Tesla é transversal
A queda da Tesla é transversal à Europa e também se faz sentir nos Estados Unidos. Em Portugal, a marca norte-americana mantinha-se como a que mais vendia automóveis elétricos, essencialmente à custa dos bestsellers Model Y e Model 3.
Mas o resultado de abril deve fazer tocar as campainhas de alarme, não tanto pelos números, mas fundamentalmente pelo simbolismo de, pela primeira vez, a queda da Tesla a colocar fora do top3 das marcas que mais vendem automóveis elétricos em Portugal.
Verdadeiramente, a queda da Tesla levou-a para um modesto quinto lugar na tabela das marcas que mais colocaram automóveis elétricos novos no mercado em abril.
BMW é a que mais vende
A BMW foi a marca que mais vendeu automóveis 100% elétricos em Portugal, tendo matriculado 365 unidades em abril. A marca alemã mantém um crescimento estável, dado ter crescido 4,9% relativamente ao mesmo mês do ano passado. No trimestre, subiu 15,3%.
No segundo lugar, aparece a Peugeot, com 346 unidades 100% elétricas vendidas em Portugal, e o top 3 conclui-se com a chinesa BYD, que matriculou 337 unidades em abril.
Tesla apenas em 5º lugar
A Citroën surge em quarto lugar de vendas, com 309 unidades vendidas e a queda da Tesla levou-a até um modesto quinto lugar, com 302 unidades vendidas.
A Tesla tem sofrido uma grande quebra de vendas a nível internacional, afirmando os analistas que o mesmo se deverá a uma conjugação de três fatores, que terão maior ou menor relevância conforme os mercados.
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Segundo os analistas, a queda da Tesla dever-se-á a uma gama envelhecida, ao aumento da concorrência e ao ativismo político de Elon Musk, que apoia partidos de extrema-direita na Europa e tem um papel ativo na administração de Donald Trump.