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“Comprem de outras marcas”. Lista de espera do Xiaomi YU7 leva a declaração surpreendente do CEO

O Xiaomi YU7, segundo modelo elétrico da tecnológica chinesa, registou cerca de 240 mil encomendas nas primeiras 18 horas após o seu lançamento e o tempo de espera para a entregaultrapassa um ano. O CEO da Xiaomi recomenda que os clientes comprem carros de outras marcas se precisam deles rapidamente.

A declaração de Lei Jun

Lei Jun, CEO da Xiaomi, reconheceu publicamente as limitações da produção e aconselhou os clientes que necessitam de um veículo com urgência a considerarem outras opções disponíveis no mercado. “Se precisa de comprar um carro rapidamente, outros veículos elétricos produzidos na China são bastante bons”, afirmou o executivo.

A publicação de Lei Jun na rede social chinesa Weibo é citada pela agência Bloomberg.

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A fidelidade à marca é apontada como uma das razões do sucesso imediato dos automóveis da Xiaomi @Xiaomi

O sucesso de encomendas do Xiaomi YU7 levou a que os prazos previstos de entrega variem entre as 52 e as 59 semanas. Com mais de 200.000 encomendas firmes, a marca apenas conseguiu produzir e entregar 6.024 unidades no primeiro mês.

Tempo de espera origina muitas queixas

Os tempos de espera muito elevados originaram um aumento significativo de queixas em plataformas como o 12365auto.com, onde o modelo figura entre os 20 que mais queixas tem, com 95 queixas, sobretudo relacionadas com atrasos na entrega.

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O tempo de espera para a entrega do Xiaomi YU7 é de mais de um ano @Xiaomi

Apesar das dificuldades, muitos clientes mantêm a sua escolha. Um comprador de Pequim citado pela imprensa chinesa, que encomendou o Xiaomi YU7 um dia após o lançamento, viu o tempo de espera inicial de 26 a 29 semanas manter-se praticamente inalterado após um mês.

Mais de um ano à espera

A Xiaomi entrou no mercado automóvel a 28 de março de 2024 e rapidamente se tornou num caso de sucesso. O seu primeiro veículo elétrico, o YU7, também tem listas de espera que chegam a um ano. Os dois modelos são montados nas mesmas instalações e a capacidade de produção está esgotada até ao final de 2026.

A Xiaomi arrisca-se a ser vítima do seu próprio sucesso. A declaração surpreendente de Lei Jun reflete o dilema da gigante tecnológica. A marca tem de dar resposta à procura no mercado chinês – o único onde os seus modelos estão à venda – e rapidamente, sob pena de ver os clientes fugirem para outros construtores.

Expansão internacional em risco

A Xiaomi tem dado sinais de estar a preparar a sua expansão internacional, nomeadamente com a entrada no mercado europeu e parece já haver planos para uma terceira unidade industrial, depois de a expansão da sua primeira fábrica estar prestes a terminar.

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Contudo, uma terceira fábrica apenas conseguirá fazer diminuir o tempo de espera dos consumidores chineses e a marca só poderá avançar para a Europa, depois de resolver este problema. Os planos para o fazer já em 2027 parecem demasiado ambiciosos.

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