A Tesla registou uma nova quebra nas vendas em julho nos mercados da Suécia, Dinamarca e França, prolongando para sete meses consecutivos a tendência negativa na Europa.
Neste artigo:
Tesla em queda abrupta
Segundo dados oficiais da indústria automóvel, as vendas da marca caíram 86% na Suécia, 52% na Dinamarca e 27% em França, face ao mesmo mês do ano anterior. Os números relativos ao mercado português serão conhecidos ainda hoje.
O modelo mais afetado foi o Tesla Model Y, cujas matrículas caíram 88% na Suécia e 49% na Dinamarca. A marca atribui parte da quebra às dificuldades regulatórias na Europa, que limitam a comercialização das funcionalidades de condução autónoma, uma das principais propostas de valor do Model Y.
Concorrência chinesa e europeia agrava pressão
A Tesla enfrenta uma concorrência crescente de marcas europeias e chinesas, que têm lançado modelos elétricos mais acessíveis e tecnologicamente avançados. A gama da Tesla, considerada envelhecida por analistas do setor, está em processo de renovação com o lançamento de uma versão atualizada do Model Y e de um novo modelo mais barato — cuja produção só deverá acelerar no próximo trimestre.
O próprio Elon Musk admitiu em julho que a marca poderá enfrentar “alguns trimestres difíceis”.
Os principais mercados europeus
A Tesla vendeu um total de 109.879 automóveis na Europa nos primeiros seis meses do ano, de acordo com dados recolhidos pela agência noticiosa Reuters.
O Reino Unido, com 22.721 unidades vendidas é o principal mercado da Tesla, tendo a marca norte-americana vendas expressivas (13.139) também na Noruega.
Europa desafia estratégia de condução autónoma da Tesla
A Tesla lançou recentemente um serviço experimental de robotáxis em Austin, Texas, com cerca de uma dúzia de Model Y operados por software de condução autónoma. No entanto, a expansão para outros mercados, incluindo europeus, está bloqueada pela ausência de certificações e autorizações legais.
Subscreva a Newsletter
Musk sublinha que “as vendas na Europa vão melhorar significativamente quando conseguirmos oferecer aos clientes a mesma experiência que têm nos EUA”. A marca continua a pressionar os reguladores europeus para flexibilizar as normas de condução automatizada.