A BYD terá de produzir baterias na Europa para acompanhar o crescimento da sua produção automóvel no continente. A ideia foi sublinhada por Alfredo Altavilla, conselheiro especial do grupo para a Europa, durante uma conferência do setor automóvel em Milão.
Neste artigo:
“Não faz sentido” trazer da China
O construtor chinês está a construir uma fábrica na Hungria que deverá arrancar ainda este ano com a produção do Dolphin Surf, um pequeno automóvel totalmente elétrico. Uma segunda unidade, na Turquia, tem arranque previsto para 2026. Juntas, as duas fábricas terão uma capacidade anual de 500 mil veículos.
Questionado sobre a possibilidade de abrir mais uma fábrica para servir a Europa, Altavilla respondeu que a BYD terá igualmente de produzir baterias no continente.
“Não faz sentido investir em linhas de montagem de automóveis na Europa e trazer as baterias da China.”
BYD decide quando produção estiver em velocidade de cruzeiro
Segundo o responsável, a prioridade da empresa neste momento é lançar a unidade húngara e levá-la rapidamente à sua capacidade máxima. Só depois será tomada a decisão sobre avançar primeiro para uma terceira fábrica de montagem ou para uma unidade de produção de baterias.
Altavilla acrescentou ainda que a empresa está a analisar todos os países europeus como possíveis destinos para esse investimento e já está em contacto com várias autoridades locais.
Portugal nos planos da BYD?
“Vários fatores entram em jogo na escolha de uma nova localização, como o custo da energia, que é objetivamente um dos mais importantes elementos de competitividade, porque tanto as fábricas de montagem como as de baterias são negócios com grande consumo energético,” sublinhou, citado pela agência Reuters.
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O objetivo da construtora chinesa para o mercado europeu é claro: produzir localmente todos os modelos 100% elétricos que a marca vai vender na Europa dentro de três anos, explicou anteriormente Stella Li, vice-presidente executiva da BYD. Também o embaixador chinês em Lisboa afirmou recentemente que o construtor chinês está a olhar com atenção para Portugal e que este pode ser o destino de uma das suas fábricas na Europa.