A preparação de uma infraestrutura de carregamento de pesados é uma prioridade para que se cumpram so objetivos europeus de redução de emissões de carbono.
Neste artigo:
Políticos devem dar prioridade
A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) e a Eurelectric apelam aos decisores políticos europeus para que “deem prioridade” à rede de carregamento de pesados.
As duas entidades afirmam que “os objetivos de redução de CO2 para os veículos pesados exigem um grande aumento de camiões e autocarros com emissões zero até 2030, com um terço dos novos registos a serem veículos com emissões zero (ZEV)”.
Metas exigem rede de carregamento de pesados
Ao todo, para que as metas se cumpram, têm de circular nas estradas europeias entre 300.000 a 400.000 veículos pesados elétricos, o que implica “postos de carregamento públicos com uma potência total de, pelo menos, 3 600 kW a cada 60 km, com, pelo menos, dois pontos de carregamento com carregadores de, pelo menos, 350 kW”, de acordo com o Regulamento relativo às infraestruturas para combustíveis alternativos (AFIR).
Contudo, a implantação de infraestruturas de carregamento adequadas aos camiões, em especial ao longo dos corredores da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T) e nas principais localizações urbanas e depósitos, “está a ser travada por restrições da rede, procedimentos de licenciamento morosos e estrangulamentos regulamentares”, lê-se no documento.
Rede de carregamento essencial para descarbonização
Num novo documento conjunto, a ACEA e a Eurelectric sublinham o papel fundamental dos operadores de sistemas de distribuição (DSO) e apelam a uma abordagem antecipatória e orientada para a procura dos investimentos na rede.
“Uma rede de carregamento adequada à finalidade dos veículos pesados é essencial para descarbonizar o transporte rodoviário. Mas sem uma rede preparada para o futuro, esta transição simplesmente não acontecerá”, afirma Thomas Fabian, Diretor de Veículos Comerciais da ACEA.
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“Precisamos que sejam criadas as condições necessárias para garantir uma transição eficaz e eficiente para o transporte rodoviário com emissões zero em todo o nosso continente”, sublinha.
As recomendações do documento
O documento apresenta várias recomendações políticas, incluindo uma maior transparência através de mapas harmonizados da capacidade da rede de carregamento de pesados, processos de licenciamento simplificados, investimentos antecipados e modelos de ligação flexíveis.
Também enfatiza a necessidade de permitir o carregamento de megawatts (MCS) e garantir que o preço da eletricidade apoie a competitividade dos camiões e autocarros com emissões zero.
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