Estudo revela lacunas de literacia energética entre condutores no Reino Unido. A Geração Z é a mais informada, seniores e regiões menos urbanas ficam para trás.
Neste artigo:
Conhecimento baixo na maioria
Uma nova sondagem encomendada pela Peugeot revela que 43% dos condutores britânicos admitem ter um conhecimento fraco ou muito fraco sobre veículos elétricos e híbridos plug-in. Apenas 23% consideram compreender bem ou muito bem o tema, refletindo um défice claro de literacia energética.
O estudo, conduzido pela OnePoll, mostra ainda que 21% dos inquiridos não sabem distinguir um veículo totalmente elétrico (BEV) de um híbrido plug-in (PHEV), enquanto apenas 29% acreditam que um EV pode ser carregado de 10 a 80% em menos de 30 minutos — uma capacidade que já está disponível em modelos com tecnologia de 400V e 800V.
Divisões por idade
As disparidades são evidentes entre gerações. No grupo etário dos 25-34 anos, 49% reconhecem corretamente que o carregamento rápido já é possível em menos de meia hora. Este número baixa para 38% nos jovens entre os 18 e os 24 anos, e para apenas 21% entre os condutores com mais de 65 anos.
Quando questionados sobre o seu grau de conhecimento, apenas 13% dos condutores seniores consideram estar bem informados sobre mobilidade elétrica — comparando com quase metade dos adultos mais jovens.
Diferenças regionais no Reino Unido
O estudo aponta ainda diferenças geográficas relevantes. 50% dos condutores de Londres declaram ter um bom ou excelente conhecimento de veículos elétricos — cenário que poderá refletir políticas como a zona ULEZ e a elevada cobertura de carregadores na capital.
No extremo oposto está o Leste de Inglaterra, onde apenas 12% dos condutores se consideram bem informados, tornando esta a região com maior défice de literacia sobre mobilidade elétrica no Reino Unido.
E em Portugal?
Comentando os resultados, Nicola Dobson, diretora-geral da Peugeot UK, afirmou: “A mais recente sondagem sobre o conhecimento de veículos elétricos mostra que está a haver progresso na eletrificação no Reino Unido, mas ainda há muito por fazer para disponibilizar informação clara ao público e ajudá-lo na transição.”
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Em Portugal, ainda não foi feito um estudo abrangente sobre o quanto os condutores portugueses estão informados sobre os veículos elétricos. Analisando a implantação dos automóveis elétricos dos dois países, que é praticamente igual, a diferença de conhecimento não deverá ter diferenças significativas. Mas era bom que se pudesse fazer uma sondagem semelhante no nosso país.