O Polestar 3 já está em produção e a avaliação do seu ciclo de vida projeta uma pegada de carbono total de 24,7 tCO2e desde a extração das matérias-primas até completar 200.000 km na estrada.
Polestar 3 com pegada inferior aos primeiros Polestar 2
Ao anunciar estes dados, a Polestar lembra que a pegada de carbono do SUV da marca é inferior à dos primeiros modelos do Polestar 2, que em 2019 tinham um impacto de 26,1 tCO2e. A revisão de processos na produção dos automóveis e seus componentes fez com que, entretanto, o Polestar 2 tenha reduzido o seu impacto em 3 toneladas, para 22.4/23.1 tCO2e.
“Mesmo no caso dos grandes SUV, é possível tomar medidas para reduzir o seu impacto climático”, afirma a marca em comunicado de imprensa. A Polestar mede a pegada ecológica em dióxido de carbono equivalente (CO2e), uma medida internacional que estabelece a equivalência entre todos os gases com efeito de estufa (GEE) e o dióxido de carbono (CO2), para mais facilmente analisar os impactos dessas emissões.
Os dados agora divulgados pela Polestar dizem respeito à versão Dual Motor Long Range do modelo.
Extração e processamento são os mais poluentes
Ao fazer a Avaliação do Ciclo de Vida do Polestar 3, a marca chegou à conclusão de que a maioria das emissões de gases com efeito de estufa resulta da extração e processamento dos materiais, pricipalmente do alumínio, aço e baterias.
O relatório de Avaliação do Ciclo de Vida (LCA) do Polestar 3 mostra que “a extração e refinação de materiais contribuem com 68% da sua pegada de carbono do início ao fim, dos quais o alumínio representa 24%, o ferro e o aço 17% e a produção de módulos de bateria 24%.”
Recurso a eletricidade renovável
Para diminuir a pegada de carbono no ciclo de vida do veículo, “81% da produção em massa total de alumínio do Polestar 3, a produção de módulos de células de bateria de iões de lítio, bem como a produção de material de ânodo e cátodo, utilizam 100% de eletricidade renovável”.
Ao utilizar exclusivamente electricidade de fontes renováveis, a Polestar garante terem sido eliminadas 8,5 tCO2e na produção do Polestar 3, o SUV da marca que terá um preço de entrada de 91.700 euros em Portugal.
“Automóveis elétricos são solução”
Fredrika Klarén, Directora de Sustentabilidade da Polestar, afirma: “A maioria das emissões de gases com efeito de estufa de um veículo resulta da extração e processamento de materiais” afirma Fredrika Klarén, Directora de Sustentabilidade da Polestar
“Há muito que podemos fazer para reduzir as suas emissões relacionadas com a produção [dos automóveis elétricos)”
Fredrika Klarén, Directora de Sustentabilidade da Polestar
“À medida que aceleramos a adoção de automóveis eléctricos, há muito que podemos fazer para reduzir as suas emissões relacionadas com a produção e reforçar o papel das inovações e dos automóveis eléctricos como solução climática. O Polestar 3 é um testemunho disso“, sublinha Fredrika Klarén.
O cálculo da Avaliação do Ciclo de Vida
A Avaliação do Ciclo de Vida do Polestar 3 foi calculada “utilizando três misturas diferentes de eletricidade e uma distância percorrida ao longo da vida de 200 000 km”, diz a marca.
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Pela primeira vez na Avaliação do Ciclo de Vida, a manutenção do veículo foi incluída nos cálculos da Polestar.