A Comissão Europeia já notificou os produtores que irá aplicar taxas aduaneiras adicionais sobre os veículos elétricos chineses a partir do próximo mês.
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Veículos elétricos chineses taxados
Em comunicado, a Comissão Europeia fala especificamente em taxas aduaneiras adicionais de 28,1% para a SAIC, proprietária da MG, de 20% para a Geely ede 17,4% para a BYD.
De acordo com a CE, todas as empresas que colaboraram no inquérito europeu sobre os apoios à exportação de veículos elétricos chineses terão um aumnto de taxas de 21%, enquant que a empresas que não colaboraram serão taxafas em 38,1%.
Estes valores são a somar aos 10% de taxas aduaneiras que a União Europeia já cobra à importação de veículos elétricos chineses, o que significa que a SAIC e outras empresas que enfrentam o direito adicional mais elevado de 38,1% acabarão por pagar 48,1% sobre os seus veículos eléctricos exportados para a Europa.
Medida ainda não é definitiva
A medida que afeta a importação de veículos elétricos chineses deverá entrar em vigor a 4 de julho, mas ainda não é definitiva. A Comissão Europeia deverá agora entrar em negociações com a China, que já tinha alertado que um passo deste tipo levaria a uma taxação superior nos modelos europeus com motores grandes.
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Em comunicado, a Comissão Europeia afirma que, “caso as conversações com as autoridades chinesas não conduzam a uma solução eficaz, estes direitos de compensação provisórios serão introduzidos a partir de 4 de julho através de uma garantia (sob a forma a decidir pelas alfândegas de cada Estado-Membro). Só serão cobrados se e quando forem instituídos direitos definitivos”.
Construtores ocidentais também afetados
A imposição de maiores taxas aduaneiras também afetará construtores ocidentais com fábricas em território chinês. A BMW e a Tesla estão neste caso, tendo sido consideradas empresas cooperantes.
A Tesla exporta o Model 3 de Xangai para a Europa, enquanto a BMW exporta o SUV elétrico iX3 e os modelos elétricos da Mini. A Mercedes-Benz produz os veículos elétricos Smart na China, e o minicarro elétrico Dacia Spring da Renault também é fabricado lá. A Volvo exporta o SUV elétrico EX30 da China para a Europa.
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Os direitos provisórios da UE devem ser aplicados até julho, e o inquérito anti-subvenções deve continuar até 2 de novembro, quando poderão ser impostos direitos definitivos à importação de veículos elétricos chineses, geralmente por um período de cinco anos.
Níveis “injustos” de subvenções
Margaritis Schinas, Vice-Presidente da Comissão, afirmou que os automóveis fabricados na China estavam a beneficiar de níveis injustos de subvenções, ameaçando os produtores da UE.
“Nesta base, a Comissão contactou as autoridades chinesas para discutir estas conclusões e explorar possíveis formas de resolver as questões identificadas”, afirmou numa conferência de imprensa.
As tarifas indicativas estão acima das expectativas dos analistas, que apontavam para uma taxa de 10% a 25% sobre os veículos eléctricos chineses.
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A UE importou cerca de 440 000 veículos eléctricos da China nos 12 meses que terminaram em abril, no valor de 9 mil milhões de euros, ou seja, cerca de 4% das despesas das famílias com veículos.