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Táxis elétricos com apoio até 10.000 euros por unidade

A partir de hoje, as empresas de táxis podem concorrer ao apoio para a aquisição de viaturas 100% elétricas. O montante total disponibilizado pelo governo ascende a meio milhão de euros.

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Apoio pode chegar aos 10.000 euros por táxi @Daniel van den Berg/Unsplash

Disponível a partir de hoje

A candidatura para apoio à descarbonização e digitalização do setor do táxi relativo a 2024 está disponível a partir de hoje, tendo o aviso público sido ontem lançado pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), através do Fundo para o Serviço Público de Transportes.

Os apoios beneficiam a aquisição de veículos 100% elétricos e respetivos equipamentos de carregamento, podendo ser complementados com o apoio ao abate de veículos antigos.

Até 10.000 euros por unidade

O Estado apoia a compra de táxis 100% elétricos com cinco mil euros por unidade, para veículos comprados a partir de 1 de janeiro de 2024. O apoio sobre para 7.500 euros caso seja abatido um automóvel com mais de 10 anos ou 10 mil euros se o veículo abatido tiver mais de 12 anos.

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Frota de táxis tem de ser mais descarbonizada @Eden Constantino/Unsplash

Quanto a incentivos para equipamentos de carregamento, o apoio pode chegar aos 100% do equipamento, desde que não ultrapasse o montante de 1.000 euros.

De acordo com o aviso, as compras de taxímetros, impressoras para faturas, aplicações eletrónicas para carregamento ou dispositivos para emitir ou enviar faturas por e-mail serão financiadas até 50% e a um valor máximo de 5.000 euros.

Apoio para táxis elétricos pode ser reforçado

Em declarações à Lusa, a secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, explicou que a dotação financeira inicial do aviso “pode ser reforçado tendo em conta a procura efetiva e a disponibilidade do Fundo de Transportes”.

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De acordo com Cristina Pinto Dias, esta é uma “aposta clara” do Governo na descarbonização, para a aquisição de veículos 100% elétricos, estando também a trabalhar na componente da digitalização.

“Até às 18 horas do dia 31 de outubro as candidaturas serão todas bem-vindas. Este ano vamos lançar um mês antes este aviso, em relação ao anterior governo, na expectativa de dar mais tempo ao mercado para reagir, fruto de uma adesão muito expressiva em 2023. E vamos iniciar esta dotação inicial com o dobro da verba que foi emitido no ano passado”, explicou.

Meta até 2030 é “luta contra o tempo”

Ao lembrar que a mobilidade é responsável “por cerca de 25% dos gases com efeito de estufa a nível europeu”, Cristina Pinto Dias sublinhou que ela é também “um dos maiores consumidores de energia de origem petrolífera, com todas as consequências que isso tem”.

É por isso que o governo está “um pouco numa luta contra o tempo”, tendo em conta a meta de 2030 “de reduzir no setor dos transportes, em concreto, 40% dos seus gases com efeito de estufa”, sublinhou a secretária de Estado da Mobilidade.

“O governo que dar claramente prioridade a frotas descarbonizadas, a frotas zero emissões ,para cumprir o propósito”.

Cristina Pinto Dias, secretária de Estado da Mobilidade

“Naturalmente que o serviço público de transporte de passageiros de táxi assume uma posição muito relevante nesta cadeia. O Governo reconhece também que tem um papel central na mobilidade das regiões de baixa densidade populacional. E eu recordo que 60% dos nossos municípios estão em territórios de baixa densidade”, explicou, em declarações à agência Lusa.

Só 1,2% da frota de táxis descarbonizada

Cristina Pinto Dias indicou que Portugal tem atualmente 12.000 táxis licenciados, sendo 145 veículos 100% elétricos, ou seja a frota está “1,2% descarbonizada”.

A secretária de Estado da Mobilidade lembrou também que até final de 2025, de acordo com a lei em vigor, não poderão circular táxis licenciados com mais de 10 anos de idade.

“Portanto, há aqui um trabalho muito expressivo e para acontecer num curto espaço de tempo”, concluiu.

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