Os apoios governamentais à compra de carros elétricos abrem para a semana, mas são ainda muitas as dúvidas por esclarecer.
Neste artigo:
Anúncio na Assembleia da República
Na Assembleia da República, a ministra do Ambiente sublinhou apenas “o incentivo à aquisição de veículos de baixas emissões, cujas candidaturas vão abrir para a próxima semana”. A responsável pela tutela anunciou ainda que o valor total da medida é de 13,5 milhões de euros.
Confirma-se assim que que o incentivo à compra de veículos de emissões nulas será cerca de 35% superior ao de 2024, após o governo decidir transitar a verba inscrita e não gasta o ano passado.
Apoio à compra com muitas incertezas
Recorde-se que em 2024 o anúncio do incentivo apenas foi aberto em outubro e incluiu a obrigatoriedade de entrega de um carro a gasóleo ou gasolina com mais de 10 anos para abate, medida que foi muito contestada.
Além do mais, para beneficiarem do apoio governamental, os automóveis elétricos não poderiam custar mais do que 38.500 euros, incluindo IVA e todas as despesas associadas.
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Ao anunciar a abertura das candidaturas para a compra de carros elétricos já na próxima semana, Maria da Graça Carvalho deixou para os pormenores para o aviso. Aos deputados, limitou-se a anunciar a data.
Apoio europeu também em discussão
Quem estiver à espera do incentivo que, ressalve-se, apenas abrange compras de particulares, terá de esperar pela próxima semana, se se cumprir o prazo anunciado.
Para já fica por esclarecer se a intenção do governo é de manter os 4.000 euros de incentivo à compra de carros elétricos para cada unidade comprada, ou se pretende aumentar essa verba. A União Europeia está também a discutir a possibilidade de avançar com um apoio europeu à transição elétrica e à aquisição de automóveis elétricos.
Mantém-se teto?
Mas, além do montante, fica também por esclarecer se o executivo mantém o apoio a automóveis cujo custo de aquisição não seja superior a 38.500 euros, incluindo IVA e todas as despesas associadas.
É possível que sim, tanto mais que são cada vez mais as ofertas de veículos elétricos abaixo desse preço.
Apoio ao abate separado?
Mais relevante é o saber-se se se mantém, no incentivo à compra de carros elétricos, a obrigatoriedade de incluir um veículo para abate. O ano passado, essa foi uma condição obrigatória e muito contestada pelo setor automóvel e pelas associações de utentes.
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O setor defende que deve existir um subsídio para o abate de automóveis a gasolina ou gasóleo velhos, como forma de incentivar a modernização do vetusto parque automóvel português. Mas consideram que esse apoio deve ser separado de outro qualquer, como chegou a estar orçamentado para 2024.